Uma das consequências políticas mais relatadas da recente libertação de Ingrid Betancourt das mãos das FARC foi a vitória da estratégia brasileira sobre a que tinha vindo a ser seguida pelo regime populista de Chavez. De facto, Lula da Silva não sucumbiu à fácil tentação de apelar a negociações com um grupo terrorista, nunca o seu país financiou aquele grupo nem a elite política brasileira nutria qualquer tipo de admiração expressiva pela "guerrilha marxista" (uma expressão pomposa para quem hoje em dia não se dedica a outra coisa que não o tráfico de droga). Um cenário, portanto, completamente oposto àquele que se vivia, e ainda hoje vive, na Venezuela: Chavez admirava as FARC, compreendia os seus princípios, entendia como forma legítima de os defender o uso da força e apoiava financeira e politicamente os seus dirigentes. Tudo coerente, portanto, com a sua própria ideologia política, mas, et pour cause, altamente lesivo para os interesses da Venezuela, agora subjugados a uma política externa errática, sem rumo e cuja única motivação parece ser a de fazer o que quer que seja que possa ser visto como uma afronta ao "Império".
A este propósito, e sobre a subtil e pacífica ascensão política do Brasil e a muito publicitada queda da Venezuela, leia-se isto.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Tens razão... daí se pode concluir que com a descoberta de novas jazidas de petróleo, o 'peso político' de Lula, melhor, do BRASIL, aumentou consideravelmente!
Enviar um comentário