O título do post vai buscar inspiração ao plano intervencionista do Governo dos EUA para ajudar aos bancos norte-americanos (e não só) a recuperar da crise financeira. E fá-lo como pretexto para voltarmos, aqui no blog, a um dos nossos temas preferidos: as eleições presidenciais nos EUA.
- Um dos méritos deste plano foi o de demonstrar a vitalidade da democracia norte-americana. O Presidente Bush, que conta tanto que só se sentiu com autoridade para fazer avançar este plano no momento em que Obama e McCain se lhe associaram; a liderança dos partidos democrata e republicano; a quase globalidade dos comentadores económicos; a intelligentzia de Wall-Street;..., todos queriam o plano. Mas não é só o Presidente que vai ser eleito em Novembro. Há membros do Congresso que também vão a votos. E no momento em que muitos eleitores questionam a bondade de um plano que põe em causa os princípios básicos do mercado, em que os americanos são ensinados a acreditar desde o nascimento, os candidatos à reeleição não querem correr riscos desnecessários. E, assim, democracy trumps party-politics...
- Outra virtude do plano foi a de demonstrar a clara incapacidade dos Republicanos em temas económicos. McCain, ao que se diz, não teve qualquer participação construtiva no debate que decorreu na Casa Branca com Bush, Obama, Paulson e outros. Para além disso, deu um golpe baixo de suspensão da campanha, a que Obama, e muito bem, respondeu que um Presidente tem de ser um multi-tasker.
- As sondagens têm mostrado uma subida constante de Obama. Resposta dos Republicanos? Pensam em casar a filha de Palin antes das eleições, marcando a agenda durante uma semana e retirando protagonismo a Obama. Bonito, não é?
terça-feira, 30 de setembro de 2008
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