Esperávamos, aqui no blog, que a Pensilvânia fosse decisiva e permitisse encerrar, de vez, a campanha democrata. Não foi o que aconteceu, infelizmente. Daí o (anormalmente) longo período entre as eleições primárias e o primeiro post sobre o seu resultado.
Clinton ganhou por 10% dos votos, conseguindo, assim, alcançar a que era considerada pela generalidade dos media norte-americanos como a marca mínima para se manter na campanha.
Mais do que a vitória de Clinton, já previsível, o interessante é que parece que a maré está de facto a mudar. Obama saiu muito fragilizado da Pensilvânia e não parece que, desde então, tenha conseguido recuperar o tão falado momentum. A crise económica está aí e as pessoas parecem cada vez menos dispostas a entregarem o país a alguém tido por inexperiente. Por outro lado, a questão da raça tem jogado um importante papel, contrariamente ao que todos desejaríamos. Nas sondagens à boca das urnas são muitos os eleitores sem pejo em admitir que, apesar de votarem Obama agora, não o fariam numa eleição geral. Finalmente, os comentários do Reverendo Wright não ajudam nada à credibilização de Obama.
Por tudo isto, Clinton está agora mais segura. As sondagens indicam-na agora como a candidata democrata mais preparada para vencer McCain e as próximas eleições no Indiana e na Carolina do Norte podem, essas sim, vir a ser decisivas.
A este propósito, não resisto a partilhar esta pequena pérola, de que o Otto me falou e que é, agora, ainda mais actual.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
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