segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Nem alívio nem democracia

Motivo simples: o Presidente Chávez continua no poder até 2012, e esta derrota no referendo não significa nada. Tal como Putin, pode bem continuar como Grande Líder Nacional, ou Pandita, ou Grande Kahuna, ou o título que lhe quiserem dar. Não é por haver limites à reeleição que os ditadores populistas alimentados a petro-dólares largam as rédeas do poder.

Mais: pode até querer acelerar a Revolução Bolivariana ("perdi o referendo mas continuo Presidente") para deixar tudo pronto, em velocidade de cruzeiro, para quando «sair» em 2012, e aí está a comunidade portuguesa com as suas padarias e supermercados a pedi-las. Atenções redobradas àquilo que tanto Chávez quanto Putin vão fazer nos próximos dois ou três meses.

Como os defensores da «democracia material» tanto gostam de dizer - e com toda a razão - a democracia não se limita, nem se esgota, em eleições. Democratas de campanha conhecemo-los bem: o Prof. Salazar nunca perdeu umas eleições.

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