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Nunca prestámos muita atenção ao Ártico, reconheça-se. Faz frio no Ártico, e as nossas navegações e deslocações são sempre no sentido de onde está quentinho - sempre e sempre para Sul. Ainda por cima o Vasco descobriu o caminho marítimo que ia
mesmo dar à Índia e à China, conformámo-nos com a distância da Rota do Cabo, e por isso nunca andámos às voltas entre icebergues e morsas. Quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos.
No entanto, o Ártico é importante, essencialmente porque está a derreter. Já desde a I Guerra Fria que era o ponto de contacto mais directo entre as superpotências; agora, ao arrefecimento progressivo das relações entre a Rússia e o Ocidente corresponde o aquecimento global e o descerrar das riquezas mirabolantes (reais e imaginárias) no seu leito marinho. As potências movimentam-se e seria positivo não só a UE, como Portugal, terem pelo menos uma posição, ou algo a dizer.
Este artigo dá-nos um princípio de abordagem a partir de uma das potências interessadas, e é um bom ponto de partida para o aprofundar do conhecimento sobre estas paragens remotas - mas cada vez mais próximas.
É sabido que os russos estão a treinar ursos polares para colocar bandeiras em titânio e matrioscas em folha de Flandres por todo o leito do Oceano Ártico. Este é uma fotografia raríssima, obtida pelo Conserto das Nações a partir de uma fonte que protegeremos enquanto não for demasiado doloroso, de uma sessão de treino desse projecto.
1 comentário:
Parabéns pelo blogg
Uma preocupação que deveria ser de todos sem excepção.
www.amigosdomardegaia.blogspot.com
Jorge Amaral
É sempre bom haver cada vez mais pessoas preocupadas só assim poderemos lançar os desafios.
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