sábado, 3 de novembro de 2007

Ainda não nos esquecemos

Castigat ridendo mores. Mas mais nada.

Uma nota, no entanto: uma ditadura militar não pode sobreviver se for unicamente baseada no apoio ou na complacência estrangeira. Suponho que tenha de haver muitos birmaneses civis a aceitar e a apoiar o regime. A Indonésia, para dar um exemplo da região, também era uma ditadura militar, e muitos outros exemplos haverá.

Qual a nossa resposta perante este estado de coisas? O isolamento internacional? Concertos e estrelas de Hollywood? Dinheiro e míssieis Stinger para os combatentes pela liberdade do povo Karen? Os regimes repressivos retiram muita da sua força do fecho das suas sociedades ao mundo e também do entrincheiramento em relação às ameaças externas, reais ou fictícias. Há muitos países por este mundo fora que estão orgulhosamente sós, contra tudo e contra todos. Talvez a melhor maneira de dar-lhes a volta (se queremos dar-lhes a volta, naturalmente) seja explorar todas as fendas nas muralhas, e obrigar a máquina «protectora» do Estado a esgotar-se e a cair no absurdo e no medonho, tentando expulsar os malefícios do mundo destes cantinhos bem guardados.

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