E se as primárias democratas seguissem a regra da maioria das primárias republicanas, i.e., o vencedor em número absoluto de votos recebe todos os delegados do Estado em causa?
A situação actual da distribuição de delegados ("sem chumbo" e "super", por assim dizer) é esta:
Obama - 1319
Clinton - 1250
(Contas da CNN)
Se atribuíssemos todos os delegados de cada Estado ao candidato que obteve maior número de votos teríamos:
Obama - 1213
Clinton - 1192
Conclusões? Que os eleitores democratas, até agora, não têm conseguido decidir-se claramente, com certeza. Que se os Democratas tivessem as mesmas regras que os Republicanos, a corrida estaria na mesma, ou talvez não, por causa dos efeitos psicológicos dos números a acumular-se (hoje correm a favor de Obama, no rescaldo da Super-Terça seria um tsunami para Hillary).
Conclusão segura? Não importa só receber os votos, importa a maneira como esses votos se materializam em termos práticos, consoante o sistema. Com o winner takes all, o Texas, o Ohio e a Pensilvânia poderiam decidir tudo. Assim, talvez não.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
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