Há seis anos passei o dia encerrado a tentar perceber minudências de uma questão abstronça, graças a uma das milhentas melhorias de nota que constituíram, elas sim, o meu curso. Vieram incomodar-me, por volta da uma da tarde, com uma história completamente absurda acerca de aviões e torres e a Casa Branca. Lembro-me de ter dito, ipsis verbis, com o cepticismo à flor da pele, que aquele dia não era 1 de Abril, e de pensar que tinha sido o alvo de uma graçola dos colegas. Pura e simplesmente não acreditei, nem pensei mais nisso.
Fui almoçar pelas quatro da tarde e só aí percebi que estava toda a gente a falar da mesma coisa, e que se respirava uma tensão que até hoje não tornei a sentir. Voltei a casa, onde tinha a família reunida e consternada em torno da televisão.
Ainda hoje só consigo comparar a minha reacção à daqueles homens e mulheres de um ponto afastado do Império quando lhes disseram que os Bárbaros tinham saqueado Roma. É algo que simplesmente não acontece, que não encaixa na nossa imagem do mundo.
Talvez tenhamos vivido o dia em que começou uma nova era - a Era do Inconcebível.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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