terça-feira, 11 de setembro de 2007

A propósito do Kosovo (II) (Ref: remendo do Sebastião)

A perspectiva do Otto, a que não abano a cabeça, mas com a qual não concordo, fez-me recordar as palavras do MNE português no final da reunião informal de Viana do Castelo. Disse Luís Amado que a unidade da UE estava assegurada na questão do Kosovo. Não duvido que neste momento assim seja, mas desconfio que, caso a situação se precipite, seja na direcção de uma declaração unilateral de independência, seja no sentido de uma intervenção sérvia no terreno (vale a pena, a este propósito, ver os artigos de polaridade inversa publicados sexta-feira no FT e no IHT), a unidade agora proclamada se mantenha. Não acredito que o voluntarismo alemão do início da década de 1990 se repita, mas não me espantaria que a UE passasse por mais uma experiência traumática no plano externo. E, ainda por cima, em plena Presidência Portuguesa (recorde-se que o tão falado prazo - ou ultimato, conforme as leituras - de 120 dias termina a 10 de Dezembro).

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