quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Uma tortilha em Melilha

A visita dos reis de Espanha a Ceuta e a Melilha, há dois dias, inspirou-me para este remendo. Reflexões curtas:

1. As reivindicações territoriais à revelia das populações dos territórios reivindicados. Um assunto eterno da condição humana, algo que nada, nem ideologias, nem religiões, conseguem mudar. Estas exigências, quando se baseam em argumentos históricos ou geográficos, são coisas que me enternecem. Como se de umas impressões estéticas ou criativas da geografia ou daquilo que os nossos trisavós fizeram ou omitiram possa surgir uma qualquer lógica que destrunfe a vontade e as necessidades de quem habita um qualquer talhão de terreno.

2. Já estou farto de ver a História ser maltratada no que toca a Ceuta. Ceuta foi conquistada por Portugal em 1415. Durante o negrume de 1580-1640 continou a pertencer ao Reino de Portugal, durante a Guerra da Restauração manteve-se leal a Filipe III (IV) e foi formalmente cedida a Castela, ou à monarquia hispânica, ou a Espanha, conforme se preferir, pelo tratado de paz em 1668. A bandeira de Ceuta é ainda hoje aquela que as tropas do concelho de Lisboa içaram na alcáçova aquando da conquista em 1415 - foram as primeiras a lá chegar. Sobrepuseram-se as armas do Reino posteriormente, com as diferenças consistindo na disposição das torres (e não castelos) na bordadura. Assim:

2 comentários:

Anónimo disse...

Mejor que esté bajo dominio de gente con sangre bautizada......¿ O no?

Anónimo disse...

La Toma de Ceuta en 1415........¿Revancha por el desembarco de Tarik y Compañía en Gibraltar en el 711?