Aparentemente indiferente aos resultados das primárias norte-americanas está o Presidente Bush (ciente, provavelmente, que a sua presença não é querida por nenhum candidato republicano), que hoje começa um périplo pelo Médio Oriente (começando por Israel, irá ainda avistar-se com Abbas na Cisjordânia, e seguirá depois para o Kuwait, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, terminando no Egipto, a 16 de Janeiro).
A visita terá, provavelmente, poucos reflexos na resolução das difíceis questões (refugiados, estatuto de Jerusalém,...) que, em Annapolis, Israel e a Autoridade Palestiniana se comprometeram a abordar agora, em vez de no final das negociações, como antes se preconizava. Mas esta é uma visita importante em, pelo menos, dois domínios:
- representa não só a continuação de uma tradição de final de mandato dos Presidentes dos EUA (que procuram, assim, deixar um legado numa questão essencial para os EUA), como significa uma viragem imbuída do espírito give diplomacy a chance, que, não é preciso estar muito atento, não tem sido apanágio da Administração Bush;
- permitirá a Bush falar com vários países sobre o Irão e sobre a melhor forma de como lidar com Teerão, pouco tempo depois da National Intelligence Estimate ter dito que a ameaça nuclear iraniana não era all that was cracked up to be e da liderança de Ahmadinejad não ser afinal tão segura quanto se pensava (o líder religioso tem-no desautorizado por diversas vezes).
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