Volto agora ao assunto quente do dia: as eleições no New Hampshire. Concordo com a avaliação do Otto, segundo a qual a vitória é mais importante para Clinton do que o significado da (por pequena margem) derrota é para Obama. Não me parece que, neste caso, a Senadora se possa associar ao epíteto do marido em 1992 ("comeback kid"). Desconfio, por outro lado, que foi o lado emocional dos eleitores que mais influenciou o resultado de ontem. O vídeo de Clinton à beirta das lágrimas pode ter sido o tipping-point (desculpem-me os constantes recursos a expressões inglesas nestes últimos dias, mas há coisas que soam muito melhor).
Quanto às cenas dos próximos episódios, o voto dos democratas registados vai assumir maior preponderância (há Estados em que, contrariamente ao New Hampshire, os eleitores independentes não podem votar nas primárias) e, aí, Obama pode ter sérias dificuldades, já que, no Estado do Granito, foi nessa faixa de eleitores que alicerçou o seu honroso segundo lugar. O contrário é válido para Clinton, que ondem seduziu, essencialmente, os eleitores registados.
Quanto à campanha republicana (menosprezada no blog, é verdade), o resultado de ontem não foi espantoso face ao que se espera. Só duas notas: McCain foi considerado inelegível há uns meses e agora é um sério candidato à nomeação e a estratégia de Giuliani de não concorrer nestes pequenos Estados (não por serem pequenos, mas por os eleitores republicanos serem aí mais conservadores e, portanto, menos propensos às suas ideias à la democrate) pode revelar-se um tiro no pé, já que neste início tão importante de primárias raramente aparece nas notícias (por não fazer campanha) e, quando aparece, é constantemente nos últimos lugares. E os eleitores podem esquecer-se dele!
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
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