terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Coisas que não se percebem

Neste assunto há aspectos que eu compreendo: percebo que a Rússia queira passear poderio militar, irritar os membros da NATO, mostrar até onde podem chegar os seus bombardeiros, cumprir objectivos de política interna, contentando os milhões de Russos que vivem abaixo do limiar da pobreza não com manteiga, mas com canhões. Isso eu percebo, e não estou sozinho nessa percepção.

Mas não percebo que, se não me falham nem a memória nem a geografia, não sendo os Tupolev-160 transportados em porta-aviões, possam atravessar espaço aéreo de membros da NATO para chegar ao golfo da Biscaia. A menos que dêem uma volta monumental por espaço aéreo internacional, voando a Ocidente da Irlanda, para chegar à Biscaia, algo que admito que aconteça, embora me pareça improvável.

Ou seja, não percebo porque é que os Estados-membros da NATO não dizem ao senhor Putin y sus muchachos para ir fazer estalar bombas às portas das suas mãezinhas na Sibéria. Se a NATO fizesse a mesmíssima coisa ao largo do Cabo Norte, ou no Golfo da Finlândia, ou no Mar Negro, o que não seria! Mas ao contrário já pode ser?

Posso estar enganado, ou a raciocinar com base em dados incorrectos. Mas, a fazer fé em tudo o que o Times publica, isto é um género de coisa que a Europa Ocidental faz mal em deixar ir avante.

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